Entoces fue así

Sou uma pessoa que não liga a tecnologias, nadinha mesmo. Para mim, aquelas qualidades de memórias e essas coisas não servem grande coisa. O que costumo mesmo ver nestas coisas é o aspecto e, claro, a relação com o preço.

E depois acho que se tenho documentos para imprimir, imprimo depois. Que se tenho uma imensidão de filmes para guardar neste ou naquele sítio, passo depois. Que se tenho músicas para meter no cartão de memória, meto depois.

E com tantos depois, o depois que me acontece mesmo é ficar sem nada, ver jeito de perder coisas de que gosto tanto e andar a pedir a todas as coisas e mais algumas que me cuidem dos meus ficheiros, que não me tratem daquilo com toda a insensibilidade do mundo, que eu nutro ligações afectivas com as mais variadas coisas.

Acho que o problema é estarmos demasiado habituados às tecnologias, a tudo à distância de um clique, às facilidades às quais já não queremos dizer que não. Mas, a verdade, é que tempo sem estas coisas é mais rentável, dá para fazer mais coisas e descobrimos que até conseguimos mais meia horinha de sono.Afinal, nem tudo e mau quando a porcaria do computador que é relativamente novo (mas nestas coisas mesmo que tivesse mil e cem ano, para mim, era capaz de ser novo).

O que me aborrece mesmo é de não conseguir fazer muitas das coisas que gosto, não me conseguir actualizar como gosto e outros que tais.

p.s.: eu sei que andamos aqui numa atormentação por causa do Portugal Fashion e que a coisa já está a ficar fora do prazo de validade, mas, qualquer coisa, a Sic Mulher tem andado atenta ao assunto.