Não é a primeira vez, nem será a última que falo de um grande senhor que dá pelo nome de Gabriel García Márquez. Basta ir lá ao cimo do blogue, onde dá para pesquisar e meter o nome dele, ou até mesmo na etiqueta Leituras que é fácil encontrar uma ou outra coisa relacionada com ele.
Isto tudo para dizer que, afinal, há sempre um livro que, assim do nada, se esgota porque alguém fala dele. Neste caso, vemos através desta notícia, que o livro "Notícia de um Sequestro" anda a ser um sucesso. E é bem merecido, porque é um trabalho jornalístico fenomenal.
Quando o li, foi para apresentar numa aula de Português, lembro-me que, por esse mesmo motivo, não o li em Espanhol mas, inevitavelmente, as pesquisas foram feitas nesta língua que tanto me agrada. Aliás, há mesmo uma das poucas entrevistas com ele a falar de todo o trabalho que teve a fazer este livro.
É estranho ver como algo que podia ser mais uma história de ficção é tão real, que aqueles jornalistas que passaram por um pesadelo, são os mesmos que sobreviveram para contar a história ao GGM. Uma das coisas que me fez logo simpatizar com a obra, foi numa das primeiras páginas, se dizer algo parecido com: Maruja tirou tudo, menos os brincos (bonito, bonito!)
E falando um bocadinho do nosso Gabito. Chamo-lhe Gabito porque, depois de ler tanta coisa dele, já me é familiar, já gosto dele sem o conhecer. É admirável toda a sua história, a par da forma como escreve e da forma como nos ensina tanta coisa.
Era mau aluno numa espécie de Educação Física (já na altura as crianças a tinham), sempre teve um fascínio pela leitura, desistiu do curso de Direito porque queria ser escritor, a obra que mais o inspirou foi a Metamorfose, uma vez saiu uma carta (que também anda por aqui algures no blog, julgo que também nas etiquetas das leituras), que era falsa e, ainda que tenha comovido muita gente, chamou-lhe pirosa. E para conhecer melhor a vida dele é ler a sua biografia.
Agora, já não escreve, infelizmente, mas merece estar a usufruir de um belo descanso, depois de um trabalho tão bem feito. É fácil encontrá-lo em qualquer livraria ou em qualquer biblioteca e, até mesmo, nos livros de Espanhol (foi lá que o conheci, com um excerto do Crónica de Uma Morte Anunciada).
Acho que se pudesse só escolher uma personalidade para falar, só mesmo uma, seria ele. E nem sou nada de andar atrás de autógrafos ou fotos de este ou com aquele, mas falar com alguém que escreve o Cien Años de Soledad deve ser uma coisa para lá do espectacular.
Para o Gabriel García Márquez, eu e tantas outras pessoas, temos um enorme obrigada a dizer-lhe, por todos os bons momentos que nos tem proporcionado e por tudo aquilo que nos tem ensinado. É bom saber que existem pessoas talentosas como ele, que tornam simples palavras numa obra de arte.
Há coisas que muito, muito pouca gente saber e ele, fá-lo melhor que ninguém. Como dizem muitos cometários por aí "lo mejor de los mejores".
muy bueno, gabo!
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